Por: Rajabo Caetano Bernardo Malua
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Introdução
O presente trabalho abordara sobre os métodos de ensino, visto que são a partir destes métodos que o processo de ensino se torna uma realidade. Apesar de alguns usarem métodos e não produzirem frutos esperados pela sociedade, ela regula a maneira de como ensinar e colher resultados positivos tendo em conta que cada estudante enfrenta dificuldades, morais, psicológicas e sociais diferentes do outro.
A realização do trabalho só foi possível através de consultas de manuais que abordam com o tema em abordagem.
Métodos De Ensino
No trabalho docente, o professor selecciona e organiza vários métodos de ensino e vários procedimentos didácticos em função das características de cada matéria. Sendo assim, trataremos nesse trabalho dos métodos gerais de ensino, cuja utilização depende dos objectivos conteúdos métodos das matérias, da peculiaridade dos alunos e do trabalho criativo do professor.
Há muitas classificações de métodos de ensino conforme os critérios de cada autor. Dentro da concepção de processo de ensino que temos estudados, os métodos de ensino são considerados em estreita relação com os métodos de aprendizagem (ou métodos de assimilação activa); ou seja os métodos de ensino fazem parte de papel de direcção do processo de ensino por parte do professor tendo em vista aprendizagem dos alunos.
Neste sentido, a classificação dos métodos de ensino resulta da relação existente entre ensino e aprendizagem, concretizada pelas actividades do professor e alunos no processo de ensino.
De acordo com esse critério, o eixo de processo de ensino é a relação cognoscitiva entre o aluno e a matéria. Os métodos de ensino consistem na mediação escolar tendo em vista activar as forças mentais dos alunos para assimilação da matéria.
Em função desse critério básico, na qual a direcção de ensino se orienta para activação das forcas cognoscitivas do aluno podemos classificar os métodos de ensino segundo seus aspectos externos – método de exposição pelo professor, método de trabalho relativamente independente do aluno, método de elaboração conjunta (ou de conversação) e método de trabalho em grupo – e seus aspectos internos passos ou funções didáctico e procedimentos lógicos e psicológicos de assimilação da matéria.
Nesse metido, os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas, explicadas ou demonstradas pelo professor. A actividade dos alunos é receptiva, embora não necessariamente passiva. É bastante usado nessas escolas, apesar das criticas que são feitas principalmente por não levar em conta o principio de actividade do aluno. Entretanto, ficou superada essa limitação, é um importante meio de obter conhecimentos. A exposição lógica da matéria continua sendo, pois, um procedimento necessário, desde que o professor consiga mobilizar a actividade interna do aluno de concentrar-se e de pensar, e a combine com outros procedimentos, como trabalho independente, a conversação e o trabalho em grupo.
Entre as formas de exposição, mencionamos a exposição verbal, a demonstração, a ilustração e exemplificação. Essas formas, em geral, podem ser conjugadas, possibilitando o enriquecimento da aula expositiva.
A exposição verbal, ocorre em circunstâncias em que não é possível prover a relação directa do aluno com material de estudo. Sua função principal é explicar de modo sistematizado quando o assunto e desconhecido ou quando as ideias que os alunos trazem são insuficientes ou imprecisas. A palavra do professor, em muitos casos serve também como forca estimuladora para despertar nos alunos uma disposição motivadora para o assunto em questão. Nesse caso o professor estimula sentimento, instiga a curiosidade, relata de forma sugestiva um acontecimento descreve com vivacidade uma situação real, faz uma leitura expressiva de um texto etc.
A explicação da matéria deve levar em conta dois aspectos: proporcionar conhecimentos e habilidades que facilitem a sua assimilação activa e desenvolver capacidades para que o aluno se beneficie da exposição de modo receptivos activo.
A exposição do professor pode conjugar se com a exposição do aluno, a partir de um certo momento da escolarização. A exposição ou relatos de conhecimentos adquiridos ou de experiencia de vividas é um exercício útil para desenvolver a relação entre o pensamento e a linguagem, a coordenação de ideias e sistematização de conhecimentos.
A demonstração é uma forma de representar fenómenos e processos que ocorrem na realidade. Ela se dá seja através de explicações em um estudo de meio (excursão), seja através de explicação colectiva de um fenómeno por meio de um experimento simples, uma projecção de slides.
Exemplo: explicar processo de germinação de uma planta mostrando por que e como se desenvolveu um grão de feijão.
A ilustração é uma forma de apresentação gráfica de facto e fenómenos da realidade por meio de gráficos, mapas, esquemas, gravuras etc. a partir dos quais o professor enriquece a explicação da matéria. Aqui como na demonstração, é importante que os alunos desenvolvam a capacidade de concentração e de observação.
A exemplificação é um importante meio auxiliar da exposição verbal, principalmente nas series iniciais ao ensino de 1º grau. Ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta, quando escreve ou fala uma palavra, para que os alunos observem e depois repitam. Ocorre, também, quando ensina o modo correcto modo de realizar uma tarefa: usar o dicionário, consultar o livro-texto, organizar os cadernos, preparar se para uma prova, observar um facto de acordo com normas e tirar conclusões, fazer relações entre factos e acontecimentos etc.
O método de exposição verbal ou aula expositiva é um procedimento didáctico valioso para assimilação de conhecimentos.
Entretanto, sendo a aula expositiva um método muito difundido em nossas escolas, torna se necessário alertar sobre práticas didacticamente incorrectas tais como: conduzir os alunos a uma aprendizagem mecânica, fazendo os apenas memorizar e decorar factos, regras, definições, sem ter garantido uma sólida compreensão do assunto; usar linguagem e termos inadequados, distantes da linguagem usual das crianças e dos seus interesses: usar que não tem correspondência com o vocabulário das crianças; apresentar noções, factos , assuntos sem ligação com a meteria anterior, isto é, sem um plano sistemático de unidades de ensino com objectivos.
O método de trabalho independente dos alunos consiste nas tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. O trabalho independente pressupõe determinados conhecimentos, compreensão da tarefa e do seu objectivo, o domínio do método de solução, de modo que os alunos possam aplicar conhecimentos e habilidades sem a orientação directa do professor.
O aspecto mais importante do trabalho independente é a actividade mental dos alunos, qualquer que seja a modalidade de tarefa planejada pelo professor para estudo individual. Pode ser adoptado em qualquer momento da sequência da unidade didáctica ou aula, como tarefa preparatória, tarefa de assimilação do conteúdo ou como tarefa de elaboração pessoal.
As tarefas de assimilação de conteúdos são exercidas de aprofundamento e aplicação dos temas já tratados, estudo do dirigido, solução de problemas, pesquisa com base num problema novo, leitura do texto do livro desenho de mapas depois de uma aula de geografia etc.
As tarefas de elaboração pessoal são exercícios nos quais os alunos produzem respostas surgidas do seu próprio pensamento. Para que trabalho independente cumpra a sua função didáctica são necessárias condições prévias.
A professora precisa:
- Dar tarefas claras, compreensíveis e adequadas, à altura dos conhecimentos e da capacidade de raciocínio dos alunos.
- Assegurar condições de trabalho (local, silencio, material disponível)
- Acompanhar de perto o trabalho
- Aproveitar o resultado das tarefas para todas as classes
Os alunos por sua vez devem:
- Saber precisamente o que fazer e como trabalhar
- Dominar as técnicas do trabalho (como fazer a leitura de um texto, como utilizar dicionário ou enciclopédia, como utilizar atlas etc.);
-Desenvolver atitudes de ajuda mútua, não apenas para assegurar o clima de trabalho na classe, mas também para pedir ou receber auxilia dos colegas.
O estudo dirigido procura:
- Desenvolver habilidades e hábitos de trabalho independente e criativo;
- Sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos
- Possibilitar os alunos o desenvolvimento da capacidade de trabalhar de forma livre e criativa com os conhecimentos adquiridos aplicando – os a situações novas, referentes a problemas quotidianos da sua vivencia e a problemas mais amplos da vida social.
A primeira função de estudo dirigido é a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e habilidade seguindo se à exposição verbal, demonstração, ilustração ou exemplificação, que são formas didáctica de método expositivo.
A segunda função de estudo dirigido é a proposição de questões que os alunos possam resolver criativamente de modo que assimilem o processo de busca de soluções de problemas. Este tipo de estudo dirigido consiste de uma tarefa cuja solução e cujo resultado são desconhecidos para o aluno; mas, dispondo de conhecimentos e habilidades já assimilados, ele pode buscar a sua solução.
É uma forma de interacção activa entre professores e alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem como a fixação e consolidação de conhecimentos e confecções já adquiridos. Faz parte do conjunto das opções metodológicas das quais podem servir-se o professor. Aplica se em vários momentos do desenvolvimento da unidade didáctica seja na fase inicial de introdução e preparação para estudo de conteúdos, seja no decorrer da fase de organização e sistematização, seja ainda na fase de fixação, Consolidada e aplicação.
Supõe um conjunto de condições prévias: a incorporação pelos alunos dos objectivos a atingir, a domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e experiencias experiências que, mesmo não sistematizados, são pontos de partida para o trabalho de elaboração conjunta.
A forma mais típica de método de elaboração conjunto é a conversação didáctica. As vezes denomina-se, também, aula dialogada, mais a conversação é algo mãe.
O professor traz conhecimento e experiencias mais ricos e organizados; com auxílio do professor, a conversação visa levar os alunos a se aproximar gradativamente da organização lógica dos conhecimentos e a dominarem métodos de elaborar as suas ideias de maneira independente.
A conversação didáctica atinge os seus objectivos quando os tema s da matéria se tornam actividade do pensamento dos alunos e meios de desenvolvimento das suas capacidades mentais. A conversação tem um grande valor didáctico, pois desenvolve nos alunos as habilidades de expressar opiniões fundamentadas e verbalizar a sua própria experiencia, de discutir, argumentar e refutar opiniões dos outros, de aprender a escutar, contar factos, interpretar etc. Proporcionar a aquisição de novos conhecimentos.
A forma mais usual de organizar a conversação didáctica é a pergunta tanto do professor, quanto dos alunos. A pergunta é um estímulo para o raciocínio, incita os alunos a observarem, pensarem, duvidarem, tomarem partido é, também, um indício de que os alunos estão compreender a matéria, na medida em que vão apreender a formular respostas pensadas e correctamente articuladas.
Recomendações sobre a elaboração de perguntas e a condução metodológicas de conversação eis algumas:
- A pergunta deve ser preparada cuidadosamente para que seja compreendida pelo aluno;
-Deve ser iniciada por um pronome interrogativo correcto (o quê, quando, por quê etc.).
-Deve estimular uma resposta pensada e não simplesmente sim ou não ou uma palavra isolada.
Exemplo de uma pergunta
Inadequada
Os animais que possuem bico, penas e pés chamam-se…?
As plantas precisão de agua para germinar?
-Adequada o cavalo é mamífero?
Por que uma planta germina e cresce?
Como podemos distinguir as aves dos mamíferos?
Por que a cor das folhas é verde?
A formulação de pergunta possibilita a resposta do aluno que mostre a compreensão de um conceito ou facto a partir da sua própria experiencia.
Exemplo:
Por que em nossa região chove pouco?
Calcule a distância entre a sua casa e escola?
O professor deve dar um tempo para que os alunos entendam a pergunta e reflictam, regras gerais.
O professor deve evitar reacções nervosas e impacientes, para que os alunos não se sintam aterrorizados e nem precipitem a resposta.
A conversação didáctica é por tanto um excelente procedimento de promover a assimilação activa dos conteúdos, suscitando a actividade mental dos alunos e não simplesmente a atitude receptiva.
O método de trabalho em grupo ou aprendizagem em grupo consiste basicamente em distribuir temas de estudo iguais ou diferentes a grupo fixo ou variáveis, composto de 3 a 5 alunos. O trabalho em grupo tem sempre um carácter transitório, ou seja, deve ser empregado eventualmente, conjugado com outros métodos de exposição e do trabalho independente.
Dificilmente será bem-sucedido se não tiver uma ligação orgânica entre a fase de preparação e organização dos conteúdos e a comunicação dos seus resultados para a classe toda.
A finalidade principal do trabalho em grupo é de obter a cooperação dos alunos entre si na realização de um a tarefa. Para que cada membro do grupo possa contribuir na aprendizagem comum, é necessário que todos estejam familiarizados com o tema em estudo. Por essa razão exigisse que a actividade grupal seja precedida de uma exposição, conversação introdutória ou trabalho individual.
Usa-se o critério de misturar alunos de diferente rendimento escolar, cada grupo devera ter um coordenador, preferentemente indicado pelo professor. Recomendável que a sala de aula seja arranjada (deslocamento de carteiras) antes de inicio da aula, para ganhar tempo e evitar bagunça.
Alem dessa forma de organização de grupos, há muitas outras, entre as quais as seguintes:
-Debate são indicados alguns alunos para discutirem perante a classe, um tema polémico, cada qual defendendo uma posição.
-Philips 66 seis grupos de seis elementos discutem uma questão em poucos minutos para apresentar depois as conclusões. O essencial desta técnica é poder verificar, rapidamente o nível de conhecimento da classe sobre um determinado tema no inicio da aula ou após a explicação do assunto.
-Tempestade Mental dado um tema, os alunos dizem o que lhes vem a cabeça sem preocupação de censura a ideias. Estas são anotadas no quadro negro. Em seguida faz se a selecção de ideias do que for relevante para prosseguir a aula.
- Grupo De Verbalização Grupo De Observação (Gv- Go) uma parte de classe forma um circulo central (GV) para discutir um tema, enquanto os demais formam um circulo em volta, para observar (GO). O GO deve observar, por exemplo, se os conceitos empregados na discussão são correctos, se os colegas estão sabendo ligar a matéria nova com a matéria velha, se todos estão participando etc. Depois, os grupos são trocados na mesma ou em outra aula.
Seminário um aluno ou grupo de alunos preparam um tema para apresenta-los a classe. É uma modalidade de aula expositiva ou conversação realizada pelos alunos.
Qualquer que seja em grupo, ele deve procurar desenvolver as habilidades de trabalho colectivo responsável e a capacidade de verbalização, para que os alunos aprendam a expressar se e a defender os seus pontos de vista.
Denominamos actividades especiais aquelas que complementam os métodos de ensino e que concorrem para assimilação activa dos conteúdos. São por exemplo, o estudo de meio, o jornal escolar, assembleia de alunos, museu escolar, o teatro, a biblioteca escolar etc.
O estudo de meio mais do que uma técnica didáctica, é um componente de processo de ensino pelo qual a matéria de ensino (factos, acontecimentos, problemas ideias) estudada no seu relacionamento com factos sociais a ela conexos. O estudo de meios não se restringe a visitas, passeios ou excursões, mas se refere a todos procedimentos que possibilitam o levantamento, a discussão, compreensão de problemas concretos de quotidiano do aluno, da sua família, do seu trabalho, da sua cidade, região ou pais.
Segundo o professor Newton, César Baizan (In castro 1976) o estudo de meio é um instrumento metodológico que leva o aluno a tomar contacto com o complexo vivo, com o conjunto significação é o próprio meio.
BIBLIOGRAFIA
LIBANEO, José Carlos, Didáctica, são Paulo, Cortes, geral 1994
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